Ontem eu participei de uma cerimônia para receber meu certificado de Capelã e neste evento teve a entrega de honras e méritos a doutores da lei. Foi um ato solene muito bonito, onde estava presente o dr. Valter Mello de Vargas, presidente da Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz da ONU e alguns companheiros dele - que são militares, comandantes etc -. Na entrega de suas honrarias observei a continência que faziam para seu superior, achei isto muito bonito e me veio à mente a falta que um ato de reverência faz à nossa sociedade.
Ao prestar a continência demonstram o respeito que possuem por seus superiores e isso me leva a pensar o quanto tal ato contribui para que sejam pessoas honestas e que valorizem os que são dignos disso.
Quase não se vê mais as crianças pedindo a benção aos avós, pais e tios. Como exigir que respeitem os de mais idade? Muitas vezes o que se observa são os pais/adultos discutindo com crianças/adolescentes. Quando eu era criança, se fizesse isso, na certa apanhava e hoje observa-se este desrespeito com as pessoas de idade mais avançada... Ah, mas não pode bater em crianças né?! Não precisa, um olhar ou uma palavra de autoridade que venha dos pais, já faz a criança temer.
Nas escolas, os alunos não sabem nem cantar o hino nacional, quanto mais se reverenciarem para fazê-lo (algo que também observei lá ontem; para tal ação muitos nem a mão no peito colocam mais), como cobrar isso de uma criança? Em muitas instituições nem se canta mais o hino semanalmente (fica a dúvida se é uma questão Municipal), mas sei que na cidade onde moro muitas escolas não fazem mais isso... Sinto falta das poucas marchas que participei nos Setes de Setembro. E por que não dizer dos próprios funcionários que não respeitam seus colegas e juntam-se em rodinhas para falar mal destes? Como ensinar a compaixão, respeito e tolerância sem ao menos o praticarem?
Talvez seja sim ideologia de uma pessoa com princípios antigos, mas penso que o que está faltando é nas escolas cantar o hino nacional no minimo semanalmente e porque não dizer diariamente como dantes? É claro que não posso dizer que não havia violência no mundo, mas havia sim mais respeito. Os mais velhos precisam se dar ao respeito e pode ser este o momento de colocarmos nossos alunos em contato com ações como as que vi ontem, para que vivenciem a importância de tal atitude. Não é algo que faz parte do cotidiano deles, mas a violência também não o deve ser. E antes de qualquer uma destas coisas, que os profissionais pratiquem o respeito para que possam verdadeiramente ensinar as crianças a viverem isto.