terça-feira, 12 de novembro de 2013

Educação no Brasil e seus reflexos (SARESP)


  Para quem ainda não sabe, eu sou Pedagoga. Porém ainda não sou concursada, não tenho uma turma. Estou trabalhando como eventual na rede Estadual de Campinas. Quem me conhece sabe das inquietações que venho tendo diante do sistema educacional. Na semana passada um fato me deixou indignada mais uma vez.
  Estou cobrindo a licença prêmio de uma professora do 2ºano. É uma turma muito boa em conteúdo e com forte potencial de aprendizagem. Devido isto, eu queria iniciar o ensino de divisão para eles, trabalhar a transformação de centímetro/metro, de um modo bem simples claro. Penso que, o quanto antes for introduzido alguns conteúdos na vida dos alunos, mais simples se torna a assimilação de tal conteúdo, ele avança melhor e mais rápido obviamente.
  Porém, fui falar com a coordenadora se poderia, mas ela não julgou necessário. Uma vez a turma irá realizar o SARESP no final deste mês, deve ser trabalhado nas aulas somente o que será cobrado na prova.
  É sabido que os alunos devem estar bem preparados para este dia. Mas avançar com o conteúdo não é sinônimo de que estarão despreparados. Semanalmente é trabalhado o conteúdo que será cobrado na prova. Mas a coordenadora falou claramente que não havia necessidade de ir além, que deixasse para a professora do 3º fazer isso no próximo ano. 
  Fiquei aborrecida pelo fato, pois a Educação em nosso país vai de mal a pior nas redes públicas, o governo implanta N projetos (como a Progressão continuada; Bolsas e mais bolsas para inclusão em massa no Ensino Superior). Mas, será mesmo que ele está pensando no bem da população?
  Há algumas semanas milhões de jovens brasileiros prestaram o ENEM, que hoje é porta para entrada nas Universidades Federais de nosso país e grande parte deles reclamaram que a prova estava difícil. Sem um cursinho preparatório para vestibular, alunos que saem de escolas públicas encontram enorme dificuldade para entrar em uma universidade pública.
  E não se pode oferecer uma educação melhor aos alunos por causa de uma prova, é traçado um limite para cada ano/ciclo e nossos brasileirinhos continuam aprendendo no 9ºAno (antiga 8ª série) o que já era para estar sabendo com autonomia no 5ºAno (antiga 4ª série). Quero sim que haja bons resultados nessa prova, mas não dessa maneira.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

EDUCAÇÃO: O papel dos pais na vida dos filhos

Diante de meu cotidiano profissional e no convívio social que tenho, já pude observar muitas ações dos pais em que prejudicam ora o desenvolvimento das crianças, ora a base educacional dos mesmos. É bem verdade que a mídia, a época que vivemos tem forte influência na vida das crianças. Porém, quem tem maior influência na vida de Seu filho é você pai/mãe.
É bem verdade também que com a inserção da mulher no mercado de trabalho a vida ficou corrida; na era capitalista que vivemos os homens dedicam muito de seu tempo ao trabalho. Mas, pais, o seu filho precisa de atenção; um tempo para auxiliá-lo no dever de casa, para ouvi-lo dizer como foi o dia na escola. Não apenas ouvi-lo, mas sentar, olhar nos olhos dele e ouvir como foi o dia, aconselhá-lo no que for necessário... Se você não for pai/mãe amigo, como querer que seu filho seja?
São muitas as queixas do pais hoje em relação ao comportamento de seus filhos e quero deixar algumas dicas hoje.
. Discutir com seu filho nunca será a solução, e sim a destruição, sempre. Se ele te responde, o ideal é você (maior autoridade da casa) silenciar-se, esperar, respirar fundo e quando o nervosismo abaixar conversar. Você deve falar e ser ordem. Em minha casa, as decisões de minha mãe sempre foram regidas e obedecidas. E sempre funcionou muito bem! Meu pai eu não conheci, pois faleceu quando eu tinha um mês de vida. Mas quando minha mãe falava, estava falado! Podia emburrar, mas responder e discutir, haha. Se acontecesse, o pau descia. Para quem tem filho pequenos, com no máximo quatro anos, aproveite e tenha postura frente as suas decisões, mostre a seu filhos que a sua palavra é uma ordem e você não é amigos
Seu filho tem que te respeitar, não ter medo de você! Mas se você não impõe respeito, ele não terá mesmo! Do que se tem medo queremos distância. A quem temos respeito, admiramos, damos atenção e nos submetemos as ordens. O que preferes?
. Alguns limites, regras, é mais do que essencial. Se você deixa seu filho de quatro, cinco, treze anos fazer tudo o que lhe pede; cuidado, com dezoito ele vai gritar/mandar em você! E é bom ressaltar isto. Se sua primeira palavra foi NÃO, não mude-a caso seu filho insista. A primeira palavra é a que permanece. Se ceder uma vez, ele entenderá que insistindo sempre conquistará o que deseja.
. Evite o máximo possível o envolvimento de seu filho com desenhos de cunho violento. As crianças muitas vezes até sem perceber, trazem para o seu cotidiano aquilo que observam nos desenhos animados/filmes etc. E depois se torna difícil para elas se livrar de atos violentos. Mas se não for possível evitar isso, tente pelo menos sentar com seu filho e discutir com ele, para se tornar fácil a assimilação do que é bom ou não nesses desenhos. O que é ou não conveniente!
. Tente fazer com que em sua casa o pai e a mãe falem a mesma língua. Se o modo de pensar de um é divergente do outro, bom é que entrem em um acordo para estabelecer a regra ao filho. Para que não confunda a cabeça deste quando pequeno.
. E a última é especialmente para as mamães: Mãe, se o pai fala e o filho obedece. Ou seja, se a palavra dele é uma ordem, a sua também deve ser. Nada de você passar sempre a "bola" para o pai. Como já observei muitas falarem: "Quando chegar em casa, vou falar pro teu pai que você não me obedeceu" "Seu pai vai te bater quando souber disso" "Quando seu pai chegar em casa, vou falar o que você fez". Por favor, né?! Você é a mãe, tem toda a autoridade sobre o filho, assim como o pai também tem. Nenhum tem mais que o outro.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

FELICIDADE - onde encontrá-la? ((Relato de amiga confrontando A FELICIDADE de quando se serve ou não a Deus))

No último texto que publiquei aqui em meu Blog, citei que muitos jovens buscam alegria em bebidas alcoólicas, baladas etc. Porém, eu relatei isso com embasamento apenas no que ouço falar. E conversando com uma amiga de infância sobre isso, ela me deu permissão para compartilhar com vocês o testemunho dela. Na qual ela confronta o que era alegria para ela antes e depois de servir a Deus. Ela provará através do seu testemunho, quão verdadeira é minha afirmação... Eu grifei as palavras em que ela relata explicitamente sobre FELICIDADE!!!

"Eu sempre tive um temor por Deus, mesmo sem saber quem era Deus. Sempre gostava de ir a igreja, porem sempre me cobrei o porque ia naquela igreja e saia vazia. Me perguntava: CADE ESSE DEUS QUE TANTO ESCUTO FALAR. A verdade é que eu estava no lugar errado. Mais em meu coração sempre sentia a vontade de conhecer o verdadeiro DEUS, de sentir o que as pessoas falavam, me sentir amada pelo Senhor. Cresci sem saber a verdade, quando me perguntavam QUEM É DEUS? Eu não sabia responder, pra mim Deus era uma lenda, alguém que existiu um dia, mas que sumiu, e eu só reencontraria quando morre-se. Não tive ensinamento, pois não nasci em berços que serviam a Deus. Fui conhecendo a vida, e achando que tudo era sorte, ou falta de sorte. Cometi grandes erros, que hoje até me envergonho, talvez o que era certo pra mim era ser feliz, apesar de não saber o que era a verdadeira FELICIDADE. Ser feliz pra mim, Era balada, bebida, meu carro, minhas amigas, ser feliz era quando eu não brigava com o namorado, ser feliz era me vestir para CAUSAR, ser feliz era fazer tudo de errado e não se arrepender, ser feliz era PENSAR que Deus me ama… mesmo eu errando, sem me arrepender e pensando que Deus não ligaria para minha falta de respeito com Ele. Porque meu grande erro foi ter escutado DEUS TE AMA COMO VOCE É, sem saber o que significava isso. Acabei errando e achando que Deus me perdoaria porque maior que meu erro, era o perdão de Deus. E é… o problema é que isso virou desculpa! Vou errar, porque Deus me ama tanto, ao ponto de perdoar sempre! E vejo que muitos são assim, e por isso não conheceram Jesus ainda. Cresci, fui morar junto com meu namorado, duas pessoas sem Deus, vivendo de acordo com o mundo… e foi assim que quase vi meu fim, me mudei para Curitiba (ela era de São Paulo/SP), para acompanhar meu namorado na carreira dele (ele é jogador de futebol), foram tempos de brigas, rancor, medo, solidão, já não conseguia mais sentir o prazer da Felicidade! Foi quando já não aguentávamos mais viver naquela situação e resolvemos ir a Igreja Batista. Mais um erro do ser humano… quando não ve mais saída vai a procura de Deus. Mais como Deus é misericordioso, e sabe o nosso tempo, Permiti que Deus entrasse na minha vida, Foram tantas alegrias, Deus entrou na minha vida, na vida do meu namorado, na nossa casa, no nosso relacionamento, e a partir dai eu comecei a conhecer aquele DEUS que todos falavam…. O primeiro amor … o sentimento mais verdadeiro que já senti na minha vida! Deus me ama de VERDADE! Jesus é real, ele me escuta! E o mais incrível: ELE ME RESPONDE! Deus foi nos moldando, nos transformamos, eu e o Lucas (meu namorado) nos casamos! Oficialmente! Na presença do homem e do Senhor! Nos batizamos nas águas, e logo no espírito santo! Foi a melhor fase da minha vida! Agora sim eu estava entendendo o que significava SER FELIZ. Porque senti, que a verdadeira felicidade vem do SENHOR. E foi assim, adorando, buscando, me alimentando, cada dia mais da palavra de Deus. Conheci Jesus, o seu grande amor por mim, o meu herói, aquele que deu sua vida por mim. Nunca mais queremos nos distanciar na incrível presença de Deus. Como um dia eu vi a minha vida se acabando, o meu relacionamento terminando, minhas esperanças sendo arrancadas de mim… Também encontro muitos vivendo na mesma situação e esperando conhecer a Jesus. Viver com Deus me ensinou o que é o amor, a felicidade, a vitória, me ensinou o perdão, e principalmente o VIVER COM CRISTO, a melhor coisa deste mundo!"
Mariana Carixto.
09/2013

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Carta aos amigos não cristão-protestante


     Há certo tempo tenho desejado compartilhar com alguns amigos quão bom é servir a Deus. Hoje sentei para escrever sobre algo e decidi partilhar isso por meio desta carta.
Servir a Deus é algo que vai além de nosso entendimento, quanto mais próximo, mais queremos estar perto dEle. Sendo eu uma pessoa que nasci em lar cristão e nunca pretendi me desviar, não consigo imaginar minha vida sem estar buscando a Deus. Orar, ir à igreja, buscar conhecê-lo é prazeroso. Não é garantia de que estaremos isentos de problema. Pelo contrário, Jesus quando andou nesta terra nos avisou “Neste mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo, tu também vencerás” (João 16:33). Sempre estaremos sujeitos a lutas, mas com Deus ao nosso lado há bálsamo. Se as situações fogem de nosso controle, há fé “Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem”. (Hebreus 11:1).
    Só posso afirmar que o amor de Deus é tão incondicional que quando nos encontrávamos destituídos dEle devido o pecado, Ele entregou seu único filho, Jesus,  para morrer por nós. Este carregou todo nosso pecado. “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. (Isaías 53:5), para que fôssemos perdoados e tivéssemos novamente acesso ao Pai (Deus). Tem amor maior que esse?
Se eu for citar os benefícios em servir a Deus, com certeza não serão eles bens materiais. Felicidade é um. Quem serve a Deus verdadeiramente é feliz. Não buscamos isso em bebidas alcoólicas ou drogas, como já ouvi muitos jovens dizerem que bebem para ficar alegres ou esquecer seus problemas e que vão à baladas para se divertir... E depois que o efeito dessas substâncias passa? Chorar em um quarto é a solução? Não, isso não adianta! Gostoso mesmo é ter pra quem chorar e ainda que não seja o momento de conquistarmos o que almejamos – Pois, “tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1) – Em Deus há certeza da alegria, há paz! “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não a dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14:27).
O maior de todos os benefícios em servir a Deus é a graça que recebemos a todo instante. Sabes qual o significado de GRAÇA? Favor imerecido. E Jesus disse: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. (2 Coríntios 12:9)!
Há momentos que as lutas são tão grandes e não sabemos como resolvê-las. E em muitas dessas circunstâncias não encontramos alguém que possa nos ajudar. Porém, temos um amigo na qual sempre podemos contar, o Espírito Santo. Jesus quando retornava ao céu – história que podemos retomar em outra ocasião – disse que iria, mas deixava o Espírito Santo para nos consolar (João 14:16 e 26). É este quem nos acalenta nos preenche; é Ele que intercede por nós. “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”. (Romanos 8:26). Em Deus encontramos amizade verdadeira e exemplo de amor incondicional. “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti”. (Isaías 49:15). E por que será que Ele nos ama tanto? Há um coro que diz assim: “Oh, por que Jesus me ama, eu não posso te explicar. Mas a ti também te chama, pois deseja te salvar”.
Você já deve ter percebido que a maioria dos cristãos – infelizmente não posso afirmar que todos – tem uma vida diferente, buscando santidade, esquiando-se de certas coisas/atitudes e quero que entendas, não é porque ele é chato e tampouco quer ser melhor que os outros. Mas a Bíblia diz: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14). E não só por isto. Mas quem busca ter uma vida em retidão sente-se triste e envergonhado quando pratica algo que sabe que desagradará a Deus. É como quando você discute com seu esposo(a); namorado(a) ou até mesmo quando brigava/briga com seus pais ou irmãos. Fica entristecido, não é? Pois a quem amamos queremos estar sempre em perfeita harmonia. A única divergência é, quando pecamos, o Espírito Santo nos toca. Assim como Adão e Eva tentaram se esconder de Deus, pois haviam desobedecido a este comendo o fruto da árvore que Ele designou que não tocassem (Gênesis 2:17-3:8). E Deus com sua infinita bondade os vestiu. Lembre-se, para que tivéssemos novamente o acesso a Deus Pai, Jesus seu filho entregou-se por mim e por você para que tenhamos vida e em abundância (João 10:10). Os teus pecados ele joga no mar do esquecimento e espera por um encontro contigo.
O não verás a Deus sem que haja santidade que eu citei no texto anteriormente, é porque quando Jesus estava nesta terra e fora arrebatado aos céus, Ele disse que voltará e buscará a sua igreja para morar com Ele (João 14:3). Este também é um tema que poderemos retomar em outra ocasião.
Em teus momentos de aflição faça um teste com Deus, experimente orar e verás como seus sentimentos mudarão. Saiba que Deus sem você continua sendo Deus, mas você sem Deus é nada!
De você Deus só quer adoração! Depois que Lúcifer – o anjo que adorava a Deus nos céu – quis ser maior que Ele, queria a glória para si e em consequência disto sofreu uma queda, Deus nos criou para o adorarmos. Porém, a glória é somente dEle “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura. (Isaías 42:8). Ele é e “disse Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6). Venha fazer parte deste rebanho que marcha em direção ao céu, aceite-o como teu único e suficiente salvador e adore-o também, Ele espera e é digno de vossa adoração para sempre!!!
Raquel Lima
Agosto/2013

terça-feira, 23 de julho de 2013

O que é BULLYING? Será que é isso mesmo?

Inúmeras vezes contemplei pessoas dizendo - crianças principalmente - que foram/são alvo de Bullying. No entanto, devido toda repercussão que esse tema obteve na mídia alguns anos e talvez não tenha sido literalmente explicado, muitos confundem um ato de brincadeira com Bullying.
Eu posso afirmar isto, pois sou Pedagoga e várias vezes crianças estavam sendo motivo de chacota por algo e diziam: "Tia, fulano tá rindo de mim. Isso é Bullying”.
Aí eu perguntava: Todos os dias ele faz isso com você?
A criança respondia: Não!
Eu indagava: E você, como se sente quando ele ri? Fica triste?
Ela respondia: Não, eu nem ligo.
E por fim eu afirmava. Então isso não é Bullying!
Percebemos que qualquer ação de falar mal ou colocar apelido em alguém já é Bullying. Há pequenas distorções no significado desta terminologia. Só pode ser considerado Bullying quando a agressão, seja ela verbal ou física, deixa a vítima (receptora das agressões) constrangida, incomodada. E quando o agressor, aquele que pratica a violência, se diverte. Para ser considerado Bullying é necessário também que as agressões sejam repetitivas, aconteça diariamente.
Ana Beatriz Silva, em seu livro Mentes perigosas na escola, Bullying. Designa desta maneira.
Bully: indivíduo valentão, tirano, mandão, brigão. Já a expressão bullying corresponde a um conjunto de atitudes de violência física e/ou psicológica, de caráter intencional e repetitivo, praticado por um bully (agressor) contra uma ou mais vítimas que se encontra, impossibilitadas de se defender.
Dicionário da Língua Portuguesa indica a palavra buli como:
Equivalente a mexer com, tocar, causa incômodo ou apoquentar, produzir apreensão em, fazer caçoada, zombar e falar sobre, entre outros.
Na maior parte dos casos, as agressões são realizadas na ausência de adultos e por sentirem-se completamente ameaçadas, as vítimas não recorrem a ninguém. O que pode contribuir para multiplicação dos atos de Bullying, como também para que a vítima se reprima e no futuro possa tornar-se uma pessoa inibida.

Considerando-se que a maioria dos atos de bullying ocorre fora da visão dos adultos, que grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida, pode-se entender por que professores e pais têm pouca percepção do bullying, subestimam a sua prevalência e atuam de forma insuficiente para a redução e interrupção dessas situações (NETO, 2005, p. 166).

O ideal seria que esse fenômeno fosse banido das instituições escolares, através do olhar múltiplo dos professores, da equipe escolar e com auxílio dos pais. Porém, é bem sabido que não depende apenas deles, mas da coragem da vítima em desvendar os acontecimentos. Igualmente esperado, não é certeza que isto venha acontecer.
No entanto, compreender inteiramente o significado do termo Bullying já é um grande passo. Comparar as agressões seria como eliminar as suspeitas de uma gripe H1N1 quando os sintomas do adoentado são apenas de uma simples gripo ou até mesmo de um resfriado.
Exemplo de Bullying:
A menina usava óculo e era nariguda. Além disso, era também muito tímida.
Todos os dias quando chegava à escola, sentava-se em uma das ultimas fileiras da sala de aula.
Quando sua professora saia para resolver alguma coisa, a menina via um colega de sua classe juntamente com outros amigos dele olhando-a e rindo. Muitas destas vezes o ouvia chamando-a de pica-pau e de quatro olho.
Ela não contava isto para ninguém, mas sentia-se muito triste. Por ser inibida, não conseguia fazer muitos amigos e sempre achava que por não ter alto padrão de beleza, jamais conquistaria coisas boas na vida.
Os anos foram passando e sempre que via alguém olhando para ela e rindo (com ar de deboche), pensava que era dela e lembrava-se dos colegas de escola zombando.
Mas a menina cresceu, tornou-se adulta e compreendeu que a beleza não está no exterior e sim no interior das pessoas; em sua simplicidade, amor e respeito ao próximo.

A menina citada no texto superou as humilhações. Mas não é garantido êxito em todos os casos. Muitos se tornam escravos da desmotivação. Por isso, se você perceber que alguém esta praticando ou sendo alvo de bullying combata-o. Dê sua parcela na construção dos valores de nossa sociedade!






 





segunda-feira, 15 de julho de 2013

Vivência com médicos frente a proposta do Ato Médico



Nasci com cardiopatia e faço acompanhamento cardiológico desde a infância. A princípio, no hospital da PUC em Campinas/SP. E por ser um caso que necessitava de cirurgia, aos oito anos de idade fui encaminhada ao InCor. As duas cirurgias em que passei foram realizadas neste e nunca fui desrespeitada por um médico em nenhum hospital.
Eu fico pensando, onde se encontram os médicos desumanos que o ministro da saúde (Alexandre Padilha) disse haver? Defendendo a proposta dos estudantes de medicina trabalhar obrigatoriamente dois anos a mais para o SUS. E afirmando assim, que estes se tornarão mais humanos.
Como eu já relatei, fiz duas cirurgias cardíacas. Na segunda, eu fiquei 59 dias internada e fui muito bem atendida pelos médicos do InCor. A maioria dos que acompanhavam meu caso eram residentes. Ou seja, recém-formados e muito bem preparados. Um deles, Dr. Gilson Filho, hoje é um grande mestre na faculdade de medicina na Bahia. Através de várias postagens no facebook dele, percebo a admiração e respeito que os alunos têm por ele. E sem sombra de dúvida, a formação que recebeu foi excelente, é um profissional e pessoa exemplar.
O meu caso era extremamente grave, eu tinha um aneurisma de aorta ascendente de 6,5 cm. Os médicos alertavam que a cirurgia era de grande risco. Conversavam bastante com minha mãe e parentes, para explicar quão delicado era o caso. E falavam que a cirurgia que eu iria fazer, na qual seria colocada uma prótese mecânica em minha aorta, era comum em pessoas mais velhas - na época, eu tinha 16 anos de idade. Explicavam também, que eu iria tomar um anticoagulante para o resto da vida e que estaria em acompanhamento continuamente.
Nunca me esqueço da paciência do Dr. Gilson (que acompanhava mais de perto o meu caso). Ele é quem tolerava minhas reclamações pelas várias perguntas dos médicos; por estar internada e por não poder fazer nada fora do andar que estava. E certa tarde em que eu e Daniela (uma colega que tive nesse período) ficamos na recepção do 5º andar conversando com ele, enchendo a paciência dele? Quanta generosidade em nos ouvir! (risos)... Eu dizia na época, que iria fazer medicina e queria ser como ele, um médico super atencioso!
Estudaram muito o meu caso, é tanto que eu fiquei 16 dias internada para a cirurgia poder ser realizada. Os médicos procuraram um cirurgião bem especialista nesse tipo de cirurgia. O que a realizou, Dr. Sérgio Almeida, estava viajando e a equipe que me acompanhava decidiu esperar ele retornar. Diziam que era melhor aguardar e fazer uma coisa bem feita, para evitar ou adiar o máximo possível, outra cirurgia mais pra frente.
Lembro-me como se fosse hoje, que a equipe de cirurgiões foi no quarto em que eu estava um dia antes conversar comigo e com minha mãe e o Dr. Sérgio disse: Vai dar tudo certo, ta bom? Será um sucesso como foi a primeira!
A minha mãe me falou depois, que no “grande dia” de vez em quando ia alguém da equipe dizer a ela como tudo estava ocorrendo. Quando o procedimento foi encerrado, o cirurgião foi todo contente dizer que havia acabado a cirurgia e que no dia seguinte eu poderia receber visitas. Entrei no centro cirúrgico às 11h e totalizou-se 13 horas de cirurgia. No período em que fiquei na REC I eu recebi visita da equipe de cirurgiões duas vezes, eles foram saber como eu estava me sentindo. A minha mãe também disse que quando ia me ver na REC e encontrava o Dr. Cristiano - que na época também era um dos residentes da equipe que me acompanhava - pelos corredores, ele perguntava como eu estava. Quatro dias depois eu fui para a REC II, fiquei lá um dia e quem foi me dar a noticia que no seguinte eu retornaria para o quarto no 5ºandar, foi ele. Pois o Dr. Gilson já estava trabalhando em outro andar
A Dra. Nana, que era a médica responsável pelos pacientes congênitos do 5º andar, teve forte influência em meu quadro clínico, eu soube que ela foi assistir à minha cirurgia. E lembro-me que qualquer coisa que me acontecia ela vinha conversar comigo, procurou resolver todos os problemas e evitava de todas as maneiras possíveis, me ver nervosa ou com receio de algo.
Um dia antes de receber alta, minha mãe encontrou o Dr. Gilson no corredor do hospital, disse que eu iria sair e ele foi despedir-se de mim. Há coisas que nunca nos esquecemos!... A cada um deles, devo toda a minha gratidão e respeito!
Quantas vezes depois de minha alta não encontrei alguns deles nos corredores e calçada do InCor e paravam pra conversar, saber como eu estava? Era extremamente perceptível a felicidade deles ao ver-me bem.
No mês de Março deste ano completou dez anos a cirurgia e quero parabenizar a todos esses médicos por vossa dedicação e pela união que vocês têm, é a maior prova de humanidade que podem demonstrar à nossa sociedade.
Não tenho queixa alguma contra os médicos que trataram e ainda tratam de mim!
Na última consulta de rotina que eu fui, em Abril/13, a Dra. Ximena que me consultou, também foi muito prestativa. Muito feliz, disse que tinha uma notícia boa pra dar a mim e falou que de acordo com a ultima tomografia que eu havia feito, a minha aorta estava bonitinha, do tamanho ideal. A gente percebe nitidamente, a alegria dos médicos em poder dar uma boa notícia a um paciente e que a evolução significa muito para eles.
Não acredito que os estudantes de Medicina necessitam de uma formação melhor. Se eles não querem trabalhar no SUS e no PSF, é porque as condições de trabalho ofertadas a eles não são suficientemente boas e não vai ser obrigando-os a estarem lá, que teremos melhores profissionais. Como prever que jovens que nem entraram na Faculdade de Medicina serão desumanos? Se nem os de hoje o são. Defendo profissionais dessa área não apenas pelo que vejo, mas pelo que vivi e recebi deles!